Da profundidade do seu conjunto ósseo
Advinha a mais abissal compreensão.
Compreendia: coisa que no homem é fóssil,
A conjectura carecente da traição.
Quando numa noite quente ao chegar em casa,
mal saberia, a cólera que seu coração talha,
ao presenciar o desafio, que o levará a desgraça.
A mulher, leviana, a trocar caricias: - canalha!
E ao agarrar a mais próxima arma: um pau.
Desferiu-lhe, no crânio, um golpe mortal.
E como quem desperta de uma quimera absurda.
Viu na Amada, Epiléptica, a demasia do mal.
Foi a morte, que numa noite clara, empalideceu?
Foi deplorável, o que o homem, tarde, compreendeu.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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2 comentários:
Esse poema me faz lembrar alvares de Azevedo e todo seu ultraromantismo.
Muito bom!
voltou com toda criatividade possível, em..
parabéns. =)
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