sábado, 9 de janeiro de 2010

Augusta Ladainha

A Augusto dos Anjos

Cantou ao tamarindo de sua vida,
sonetos da putrefação do homem
no âmago intestinal que o consolida
dizia coisas que por dentro consomem.

Me vi junto a vermes, corvos, carneiros...
seguindo um fantástico caixão,
Celebrando a chegada do poeta coveiro
que cavava dos sepulcros a bela Canção:

"Foi assim como na sua profecia:
morreu aos trinta de pneumonia.
Enfermo, então veio a perecer.

Mas o contrario de teu corpo, poeta,
aquém dedico minha Litania,
os teus versos hão de nunca apodrecer."


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